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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Operação "desmonta Zé" pode levar Maranhão a perder em Campina até para Walter Brito


Por Marcos Maivado Marinho
A operação "desmonta Zé", que alcançou sucesso na última campanha eleitoral para o Governo do Estado quando o ex-governador José Maranhão foi derrotado nos dois turnos pelo considerado "azarão" do pleito, Ricardo Coutinho, entrou novamente em ação e promete reeditar o mesmo êxito de outrora, principalmente por contar com grande parte dos atores que encenaram a pretérita peça.
Ontem uma marcante sinalização disso foi vista nas redes sociais, postada por nada mais nada menos do que um dos mais saltitantes homens de mídia do Estado, o blogueiro e marqueteiro Dércio Alcântara, que na atual campanha é contratado "full time" dos irmãos Rego de Campina Grande - Vitalzinho e Veneziano, do mesmo PMDB de José Maranhão.
Dércio primeiramente postou matéria em seu blog na internet exaltando a performance do concorrente de Maranhão ao Senado, Lucélio Cartaxo (PT), que no guia eleitoral do rádio e da TV detonou o oponente, um cidadão que à sua ótica está ultrapassado e velho demais para servir à Paraíba.
A manchete do blog de Dércio é auto-explicativa: "Lucélio afirma que o tempo do freio de mão puxado acabou e que foram 60 anos nesse passo lento de Zé Maranhão".
No corpo do texto, o detalhamento: que, segundo as afirmativas de Lucélio, Zé Maranhão está na política há 60 anos, passou mais de 30 anos como deputado e senador, foi governador três vezes e nesse período a Paraíba só perdeu espaços em relação a outros estados do Nordeste. E que "a falta de ritmo de Zé Maranhão penalizou a Paraíba e nosso estado perdeu muito nesse período", quando era a quarta economia do Nordeste e perdeu espaços na indústria, e o sisal, o algodão e o atum foram praticamente dizimados.
Dércio publicou outra lembrança do discurso de Lucélio: que enquanto a Paraíba ainda estava apagando candeeiros - um dos programas mais bem sucedidos do Governo Maranhão -, estados como Alagoas, Sergipe, Bahia e Rio Grande do Norte produziam petróleo e instalavam polos petroquímicos.
Fechando a matéria a afirmação atribuída a Lucélio e propagada por Dércio em todos os espaços à sua disposição é um golpe mortal na campanha do homem de Araruna: que "seria um desperdicio para o estado ter um senador como Zé Maranhão, que já mostrou que no Congresso Nacional não produziu nada de relevante para a Paraíba e o Brasil".

EM CAMPINA
A campanha de Zé Maranhão sofre também duros revezes em Campina Grande, onde ainda não apareceu nem nas ruas e nem na mídia.
Apesar de ter na sua chapa como primeira suplente a deputada federal campinense Nilda Gondim (PMDB), a quem Maranhão teria encarregado as estratégias de convencimento eleitoral no Compartimento da Borborema, o que tem se verificado é o comprometimento quase que exclusivo da parlamentar para com a campanha do seu filho Veneziano à Câmara Federal.
Pequenas e até mesmo médias lideranças de bairros da cidade, simpáticas ao nome de Zé Maranhão, tem reclamado de que a deputada e seus assessores, por eles procurados, não lhes dão a menor importância. É o caso, por exemplo, do micro empresário calçadista Ribamar, líder de consolidada votação no Pedregal, que tem se sentido desprezado e está praticamente fechando apoio na reta final a Lucélio ou Wilson Santiago.
Líderes comunitários na Rosa Mística, Alto Branco, Jeremias, Jardim Quarenta, Tambor, Catingueira e outros bairros distantes do centro também se queixam do mesmo tratamento, como é o caso de Henrique Santos, esforçado coordenador de equipes em canpanhas passadas e que continua à deriva na atual.
De modo amador, e por isso mesmo com pouco sucesso, quem ainda tem se esforçado para puxar algum voto para Zé Maranhão em Campina Grande é o seu sobrinho Mirabeux, médico e ex-secretário da Interiorização, que para essa árdua tarefa tem contado com a colaboração de dois dos seus ex-auxiliares no Governo do tio: o jornalista e agente do Fisco Assis Costa, e o professor e ex-sub-secretário da Interiorização Emir Candeia Gurjão.
Foi de Emir, aliás, a idéia de atrair para uma conversa com Zé Maranhão alguns vereadores ainda "indecisos" na opção senatorial, como Pimentel Filho, Hércules Lafite, Alexandre do Sindicato, Ivan Farias e Vaninho Aragão, costurando um acordo que continua sendo bastante duvidoso, face os comprometimentos históricos dos nomes envolvidos com os altos plumados da política local.
A operação "Emir" não passou pelo crivo da deputada Nilda Gondim e isso teria sido um motivo a mais para aumentar o distanciamento da candidata suplente de Zé, conforme apurou a reportagem d‘APALAVRA.
Mantendo-se o quadro atual, a previsão de votos para Maranhão em Campina Grande é catastrófica, podendo ele amargar até mesmo uma quarta colocação, vindo a ter menos sufrágios do que Walter Brito, nome campinense dono da Expresso Real e que tem "comido pelas beiradas" na periferia campinense.
Do lado do PMDB, que deveria "casar" o nome de Zé ao de Vital, o majoritário para o Governo do Estado, repetindo práticas antigas essa junção só se dá quando o ex-governador vem à Rainha da Borborema. Aí, os discursos são bonitos e colados. Mas, ultrapassando Zé a entrada do distrito de Galante, tudo se desgruda voltanda à estaca zero.

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