O negão Djalma é uma espécie de xerife da Favela São José, a chamada Rocinha da Paraíba. Um metro e noventa só de músculo, é o encarregado de resolver as pendências policiais da área.
Esta semana estava no barraco, limpando as unhas com a ponta da faca, quando chegaram dois traficantes levando um sujeito magrinho, franzino e desconfiado. "Seu Djalma, esse aqui tava dizendo lérias para as mulheres e o chefe mandou que o sr. comesse o cuzinho dele para ele aprender a respeitar."
Djalma, sem levantar as vistas das unhas, determinou: "Coloque ele ali no canto, que daqui a pouco eu resolvo."
Meia hora depois, chegaram os dois de novo trazendo um moreno. "Seu Djalma, este aqui assaltou a padaria. O chefe mandou que o sr. cortasse as duas munhecas dele, desse uma surra e o jogasse no lixão." E Djalma, ainda limpando as unhas com a faca: "Deixe ele ali que daqui a pouco eu resolvo."
Lá vieram de novo os dois traficantes, desta vez carregando um galego sarará: "Seu Djalma, este aqui estuprou três moças da favela. O chefe quer que o senhor pegue ele, arranque os dois ovos, faça ele engolir e depois lhe dê trinta tiros de revólver." E Djalma: "Deixe ele ali no canto que daqui a pouco eu resolvo."
Foi aí que o primeiro, aquele das lérias, lá do seu cantinho, falou num fio de voz: "Seu Djalma, se alembre que o meu caso é só uma cumidinha de cu, viu!"
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O ministro Ernani Sátyro disputava um mandato de deputado federal e chegou a Teixeira para pedir votos no meio da feira. Foi logo cercado por um bando de vaqueiros e ele, tentando ser popular, dirigiu-se a um deles perguntando:
-Amigo velho, para você, qual é a melhor coisa do mundo?"
O vaqueiro olhou de banda meio desconfiado e respondeu ao ministro, com jeito confidencial:
-Tirante um cuzinho bem lavado, é arroz com ovos!"
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