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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Nem em Coxixola é assim: Fabiano Gomes analisa os bastidores da eleição da Assembleia Legislativa

A lista de assinatura que Adriano Galdino tem feito questão de exibir para seus concorrentes na disputa da Presidência da Assembleia Legislativa me remete a listagens pretéritas que acabaram entrando para o anedotário da política paraibana.

De fato, me remete a outros carnavais onde quem dançou o frevo não foi o articulador dessas manifestações prévias (e inócuas) de apoios.

Pois seja na Assembléia ou em qualquer outro tipo de disputa eletiva, o que voga é o voto.

Aliás, cá pra nós, passar listinha de assinatura é nivelar por baixo – muito baixo mesmo – o trâmite eleitoral da Assembléia Legislativa. Nem na Câmara de Coxixola há articulações tão medíocres. Com todo o respeito a Coxixola.

A Casa de Epitácio Pessoa, a mais alta corte legislativa dos paraibanos, merece ser tratada com maior respeito. Com maior reverência.

Ao se submeterem a uma trama cooptativa dessa natureza, articulador e articulados – todos vossas excelências – apontam para o próprio tamanho. Uma estatura que não combina com a grandeza da casa que habitam.

A palavra de um parlamentar deveria valer muito mais. Seu compromisso, ainda que firmado em âmbito secreto, teria que ter o peso da verdade.

Pedir a rubrica, insistir em algum tipo de confirmação, é a perfeita admissão de que não se confia em seu interlocutor.

O que esperar agora? Assinar algum tipo de recibo? Reconhecimento de firma em cartórios? Confinamento às vésperas da eleição?

Se parlamentar fosse, eu tomaria esse tipo de cobrança como uma afronta. E responderia na medida do aviltamento.

Pois esse tipo de lista só serve para isso mesmo: aviltar, humilhar e deixar bem claro que não existe relação de confiança.

Eleição mesmo – que é bom – as listas não garantem e nunca garantiram.

Digo mais: a jurisprudência eleitoral sinaliza que se Galdino tinha alguma condição de conquistar seu intento, anulou suas chances ao insistir no humilhante recolhimento de rubrica de seus pares.

A última a usar este tipo de expediente – Nadja Palitot, na disputa da Presidência da Câmara de Vereadores da Capital em 2005 -, chegou ao parlamento municipal concedendo coletiva como presidente eleita e saiu, ao final da sessão, com o desgosto de assistir a vitória do professor Paiva.

Aprendi logo cedo que, na política, quem quer ser diz que não quer!

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